Quando a pandemia chegou foi como se todos tivessem parado. Muitas pessoas ficaram apavoradas, empresas fecharam, algo que ninguém imaginava. Algumas empresas já realizavam recrutamento a distância antes, mas na grande maioria o processo era todo presencial. E aí veio o grande desafio, como se adaptar nesse novo cenário? É sobre isso que Luana Horchuliki, Diretora de Gente e Performance da Kenoby, irá falar sobre nessa palestra.
Ela relembra que, no cenário pré-pandemia, a vivência no recrutamento e seleção era muito burocrática. Muito tempo era perdido planilhando currículos, fazendo diversas provas e processos até a contratação, todos presenciais. Existiam inúmeras teorias sobre o modelo certo, as perguntas certas a se fazer, algumas bem bizarras, admite Luana. Não se falava nada sobre a experiência do candidato, e eram comuns relatos negativos vivenciados em processos seletivos.
Hoje existe um novo perfil de consumidor, pessoas que estão preocupadas com a experiência. Estamos na era da informação, e nunca foi tão fácil compartilhar dados. Nas redes sociais é possível encontrar diversas informações sobre a empresa, seja no dia-a-dia do trabalho ou num processo de recrutamento. Assim, as pessoas escolhem mais cuidadosamente onde querem trabalhar. Cada vez mais as pessoas buscam ativamente conhecer a empresa antes de enviar seu currículo.
“Para as empresas sobreviverem à transformação digital, elas precisam repensar seus modelos de talento. Contratar hoje é difícil, e só ficará mais difícil!”. Luana usa essa frase de Stephane Kasriel, CEO da Upwork, para abrir a conversa sobre meios de reconsiderar a forma como se faz o recrutamento. A área de recursos humanos precisa se preparar, e pensar no que os candidatos procuram. Ela cita 5 pontos essenciais:
Na visão do recrutador, Luana destaca alguns pontos a serem melhorados: ter uma visão de marketing, um mindset generalista e um bom network, praticar o social hiring e buscar também a seleção de candidatos passivos. Existe um desafio de se mostrar a cultura da empresa sem etapas presenciais, e nesse sentido as redes sociais podem ser grandes aliadas. “É possível ter empatia, mostrar que somos de maneira virtual”, afirma a palestrante. O recrutador precisa reaprender o modelo de recrutamento, sempre pensando numa experiência positiva para todos os envolvidos.
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