Pode parecer que não, mas o ambiente está diretamente ligado à produtividade. De acordo com o estudo “Global Study Engagement”, realizado pela ADP Research Institute, mostra que 29% dos profissionais virtuais que fazem parte de um time (projeto ou empresa) são totalmente engajados, contra 18% dos que trabalham tempo integral em um escritório.
Apesar do número chamativo, nem todas as empresas pregam a cultura Home Office, que ainda pode ser visto como day off, improdutividade ou falta do que fazer. O número mostra que a concepção de produtividade aplicada nas empresas está sendo interpretada de forma diferente nas companhias, e por que será?
Para agregar ao estudo anterior, uma pesquisa de Harvard em parceria com a Northeastern University, apontou um aumento de 4,4% no trabalho após os técnicos – instrumento da pesquisa – a trabalhar do lugar que desejassem. E para refletir sobre o assunto, conversamos com Andrea Destri, conselheira e professora na LiveU. Confira!
Andrea – O Home Office deve ser visto como uma ferramenta, e como todas, é preciso considerar seu uso frente à realidade de cada empresa. Cabe esta prática na cultura da organização? Há processos, políticas e práticas que sustentem esta iniciativa? Assim, Home Office não é para todas as empresas.
O Home Office, quando bem implantado, traz muitos benefícios para o profissional, que ganham o tempo de deslocamento, ganha em economia de trajes, ganha em autonomia de administração de agenda podendo conciliar vários papéis sociais ao mesmo tempo. Ganha a empresa em produtividade, em clima saudável, em economia de estrutura e ganha a sociedade, diretamente com um menor trânsito de pessoas e todas as benesses decorrentes.
Andrea – Em relação ao Home Office, recomendo a inclusão da prática aos poucos. Que não se faça uma mega comunicação, mas que se implante gradativamente para os profissionais que desejarem esta liberdade, que seja feita uma conversa sobre as condições de trabalho entre líder e empregado, que seja uma vez por semana, depois duas vezes e que se mantenha ritos da equipe se reunir, para que os vínculos sejam reforçados.
Assim, aos poucos, profissionais e empresas se ajustam àquela realidade, e todos usufruam mais pós que contras desta prática.
Andrea – A resistência ocorre quando esta prática não cabe na realidade da empresa. Não pode ser uma regra de RH, e sim uma evolução que permita esta implantação.
Cuidados básicos: O profissional tem perfil para home office? Tem ferramentas para tal? Tem espaço na residência ou outro ambiente que lhe permita trabalhar com qualidade? Os gestores estão orientados em como conduzir o time à distância?
Andrea – Para inovação, o mindset deve ser de abertura ao diferente. Entender o negócio, a estratégia, a cultura atual e a desejada e desenhar as soluções pertinentes, com o cuidado para não escolher uma ação só porque deu certo em outra empresa ou replicar o que está na moda. Para criar soluções simples, rápidas e executáveis o profissional deve se expor a diferentes experiências. Sair do escritório e visitar empresas de diferentes segmentos e frequentar eventos do ecossistema de startup é uma boa maneira.
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