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Conheça as principais tendências de RH para a próxima década

Written by Raffael Lodo | Dec 3, 2019 3:26:12 PM

É inegável que mundo e o mercado de trabalho mudaram muito nas últimas décadas, principalmente em questões relacionadas à tecnologia, certo? Então se prepare! A velocidade e o impacto dessas transformações devem se acentuar ainda mais na próxima década que está por vir.

As mudanças nos processos de produção, no comportamento do consumidor e do próprio colaborador estão abrindo espaço para novos modelos de negócios cada vez mais inovadores e também para o surgimento de novas tendências em diversas áreas do mundo corporativo, especialmente na área dos Recursos Humanos, que lida diretamente com a nova geração.

E com 2020 chegando, decidimos reunir uma lista de tendências que você precisa saber, já que sua rotina de trabalho está prestes a mudar. Essas tendências são de extrema importância para todos os departamentos de RH. Então, é melhor aprender agora! Continue lendo o texto e confira!

People Analytics

O People Analytics (já falamos sobre isso aqui), também conhecido como talent analytics ou HR analytics, refere-se ao método de análise que pode ajudar gerentes e executivos a tomarem decisões sobre seus funcionários. Essa “análise de pessoas” interliga estatística, tecnologia e conhecimento a um grande conjunto de dados, resultando em melhores decisões de gerenciamento e negócios no geral para uma organização.

Sabemos que as velhas abordagens já não são mais suficientes. Atualmente, as empresas procuram direcionar de forma mais eficiente o retorno de seus investimentos nos colaboradores. Nesse sentido, a inteligência artificial (IA) está ganhando mais espaço no terreno da gestão estratégica de RH e é uma das principais tendências nesse departamento.

Os sistemas evoluíram demais! Hoje eles são capazes de coletar, processar e cruzar uma infinidade de dados que permitem entender melhor o colaborador, avaliar seu desempenho, estabelecer padrões e planejar intervenções para melhorar a performance.

Então, pode anotar! Aprender a dominar o People Analytics e suas ferramentas é e continuará sendo essencial para alinhar a gestão de pessoas à estratégia do negócio. Essa será uma competência cada vez mais exigida dos profissionais de RH nos próximos anos devido à sua capacidade para impulsionar resultados. Show, né?

CX (Customer Experience) e Employee Journey

Qualquer transformação em um negócio começa com a cultura dos colaboradores. É provável que você já tenha alguns programas de engajamento, mas é improvável que eles tenham sido projetados para ajudá-lo a gerar resultados com experiência do cliente.

A adoção de uma estratégia de CX (Customer Experience) orientado a KPIs para clientes exige uma participação importante de seus colaboradores. Afinal, são eles que vão participar do relacionamento. Para ter sucesso, um programa de CX deve estar enraizado na cultura da organização e incorporado nas práticas diárias de trabalho da equipe.

Hoje as pessoas estão altamente conectadas! As organizações já não conseguem mais controlar os fatos não comunicáveis como antigamente. A experiência ruim de um colaborador com a empresa ou seu gestor não ficará restrita ao ambiente corporativo ou ao círculo dos funcionários. Ganhando repercussão nas mídias sociais, por exemplo, uma crítica pode comprometer a reputação da empresa impactando diretamente em demais áreas, como vendas, marketing, produto, entre outras.

Com o passar do tempo, percebeu-se a necessidade de outra estratégia, dessa vez voltada especialmente aos colaboradores. Estamos falando do Employee Journey! Nessa, cabe à organização criar uma experiência positiva em todas as etapas de desenvolvimento do colaborador, fazendo com que este se sinta pertencido por onde trabalha. Dessa forma, o próprio funcionário levará a experiência para fora da empresa, construindo uma reputação para o público como um todo.

Feedback em tempo real

Profissionais e especialistas de RH debatem a eficácia das avaliações de desempenho há quase uma década! Como resultado, empresas de todos os lugares estão buscando soluções inovadoras que transformem seus processos tradicionais em gerenciamento contínuo de desempenho.

E se você não estava ligado no feedback em tempo real, fique tranquilo! O mercado já oferece ferramentas que permitem o monitoramento da performance dos funcionários em tempo real. Elas trazem diversas vantagens em relação à avaliação periódica e que todos podem se beneficiar com tal agilidade.

Com avaliações regulares em tempo real, os gerentes podem observar padrões e tendências em cada um dos seus colaboradores diretos, facilitando a busca do que é mais relevante e compartilhando melhores comentários durante as análises.

Com esse benefício, há oportunidade de implementar ações rápidas para corrigir problemas que afetam negativamente o desenvolvimento das atividades, ou intensificar iniciativas que trazem resultados positivos. Quer entender melhor? Falamos sobre isso

RH mobile

Estamos vivendo um mundo cada vez mais “mobile only” e esse ritmo pede que os negócios acompanhem a mudança de hábitos dos consumidores!

Junto com o RH mobile, vem a possibilidade de um trabalho mais flexível em diversos lugares, como em casa, pontos remotos, espaços colaborativos ou qualquer local que tenha acesso à internet.. Dessa forma, o indivíduo tem a possibilidade de ficar livre do expediente muitas vezes maçante de um escritório, adaptando sua rotina de trabalho com seu estilo de vida.

Inúmeras plataformas colaborativas facilitam a adoção dessa tendência e permitem que as pessoas contribuam com os projetos de forma simultânea e remota. Mesmo separadas geograficamente é possível trabalhar alinhada a um objetivo comum. Esse é o presente e o futuro do mundo corporativo!

Gamificação

Gamificação é uma ferramenta de negócios que representa uma nova direção para alcançar os objetivos definidos para uma empresa. Em outras palavras, isso nada mais é do que um processo para integrar a mecânica de um jogo em algo que já existe para motivar a participação, o engajamento e a lealdade dos colaboradores.

A metodologia pode envolver praticamente qualquer coisa, do seu site à presença nas mídias sociais, operações diárias, envolvimento do cliente e muito mais. A gamificação usa competição, pontos, conquistas, regras de jogo, status e autoexpressão para incentivar ações por meio de feedbacks positivos.

A aplicação da prática em treinamentos aos colaboradores já é uma realidade, uma vez que ativa áreas do cérebro relacionadas a mecanismos de prazer e recompensa. Dessa forma, facilita a retenção das informações na memória de longo prazo, garantindo resultados efetivos.

Apesar da gamificação para treinamentos tenha resultados espetaculares, ela ainda pode ser aplicada em outras situações. Por exemplo, na seleção de candidatos externos para uma nova vaga ou até mesmo a avaliação de profissionais internos que disputam uma promoção, por exemplo.

O RH do futuro

Se as tendências de RH que nós mostramos acima já parecem distópicas, talvez o que se espera para os próximos anos pareça ainda mais distante da realidade atual das organizações. O mercado vive um momento de mudanças constantes devido ao avanço tecnológico e a chegada da nova geração ao mercado de trabalho, então é bom estar preparado!

Essa sensibilidade à transformação disruptiva proporcionada pela tecnologia fica evidente em um estudo realizado pela KPMG, intitulado Global CEO Outlook, ressaltando que a transformação vivenciada hoje impactará muito mais na evolução da economia do que os 50 anteriores.

A pesquisa foi feita com quase 1.300 CEOs em 10 das maiores economias do mundo para entender melhor os pontos de vista acerca das transformações e oportunidades que surgem em meio aos negócios que lideram. Um terço dos executivos admite que sua empresa “se transformará em outra, significativamente diferente”, com um foco maior no cliente e em sistemas de análise de dados e tecnologia cognitiva.

A geração Z no mercado de trabalho

As tendências de RH para a próxima década não se resumem somente à intensificação da adoção de novas tecnologias. Trata-se também de um novo olhar sobre o colaborador e sobre os processos realizados pelas organizações.

A participação da geração Z no mercado de trabalho cresce cada vez mais e traz novos desafios às empresas. Aos poucos, eles se tornarão um percentual significativo dentro das organizações, inclusive na liderança, impactando na cultura e nas práticas já estabelecidas por elas.

A adoção de recursos mobile na interação e realização dos processos de RH é um exemplo claro de um novo panorama proporcionado por esse grupo. No futuro, esses dispositivos deverão estar presentes no recrutamento, nos sistemas da empresa, no treinamento contínuo e em inúmeros aspectos das empresas.

Também é necessário entender que, embora altamente familiarizados com a tecnologia, essa geração ainda precisa de ajuda para desenvolver habilidades sociais (as famosas softs skills!). Nesse caso, tanto eles quanto os mais experientes podem fazer desse contato uma troca produtiva, em que cada um contribui com suas melhores habilidades.

Transformação digital e cultural

É importante destacar que o RH terá um papel essencial ao moldar a nova cultura organizacional, promovendo um ajuste progressivo e rápido a todos os recursos proporcionados pela transformação digital. O grande desafio é fazer com que as pessoas se adaptem e utilizem todo o seu potencial para estabelecer diferenciais competitivos positivos para o negócio.

Na prática, podemos dizer que há ausência de um mindset tecnológico nas organizações. A tecnologia ainda é uma “estranha” que precisa ser aceita, aprendida e incorporada. Com a chegada das novas gerações, uma das tendências da área é que esse mindset se torne algo natural e passe a ser considerado como requisito básico no processo de seleção de talentos.

Assim podemos concluir que a questão já não é mais quando nós usaremos as tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial ou Machine Learning, mas sim, como, pois todas já estão à nossa disposição.

Para os próximos anos, essas tecnologias serão as responsáveis por realizar não só as tarefas repetitivas e burocráticas das empresas. Suas análises também serão essenciais para decisões cada vez mais estratégicas e precisas.

Flexibilidade e liberdade

Para as próximas gerações, o conceito de flexibilidade e liberdade no trabalho vai muito além do que a prática de coworking ou home office. O trabalho deve ser recompensador e gratificante, pois ao realizar as atividades há uma contribuição para a sua organização e sociedade como um todo. Esse é o mindset do futuro!

Por isso, suas atividades profissionais devem servir como uma forma de realização pessoal. Isso faz com que a liberdade de escolher como, onde, quando e com quem se trabalha, resulte em organizações dispostas a impactar positivamente a sociedade, com um senso de propósito melhor definido.

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