Pesquisas apontam que mais de 80% das pessoas que pedem demissão, culpam os chefes pela decisão. Em contrapartida, quase 85% das demissões são justificadas por questões comportamentais e não técnicas.
A depressão já é considerada como a doença do século. Milhares e milhares de trabalhadores são afastados todos os anos com transtornos mentais, ansiedade, estresse e síndrome do pânico.
A tecnologia ocupa cada vez mais o seu espaço. Chegando ao ponto de substituir cerca de 50% da força de trabalho nos próximos dez anos. Dentro desse contexto, qual o papel do profissional do futuro? Será que o conceito de home office (tão sonhado antes da pandemia e tão criticado após a experiência do Covid no mundo), manterá o seu lugar nas empresas?
Orlando Pavani Jr, Diretor Presidente da HOLDING PAVANI e Pós Graduado em Medicina Comportamental, aponta para uma diferença fundamental entre a força de trabalho que era exigida antigamente e o que se espera nos dias atuais. “Temos chamado ‘trabalho algorítmico’, onde éramos orientados a ir até a empresa, visivelmente ficando disponível, para as pessoas assistirem você trabalhar. Já no trabalho heurístico, somos orientados ao delivery, à entrega de uma tarefa. Além disso, precisamos estar disponíveis a qualquer momento, não mais para os chefes, e sim para o seu cliente”, explica.
É importante ressaltar que a modalidade de home office, onde o escritório é simplesmente substituído pela casa do funcionário e todas as outras estruturas de trabalho permanecem as mesmas, acaba se refletindo um meio do caminho. O funcionário continua em um ambiente “algorítmico”, achando que está em um ambiente “heurístico”. Essa confusão acaba trazendo uma série de problemas.
Para o mundo atual, se torna muito mais interessante falar em anywhere office. Ou seja, a produção do trabalho focado na entrega, que pode ser realizada de qualquer lugar. Não existe aqui a necessidade de ser visto e sim de fazer boas entregas.
A construção desse novo perfil profissional, certamente precisará de um tempo de adaptação, tanto da força de trabalho, quanto das empresas. Porém, conforme caminhamos para uma sociedade cada vez mais tecnológica, a adaptação a esse novo estilo se tornou fundamental para a sobrevivência no mercado de trabalho no futuro.
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