Recrute de forma inteligente: entenda como a IA está revolucionando a área de RH
"Você acompanha a tecnologia ou fica para trás." Quantas vezes já ouviu essa frase? Hoje o ser humano precisa evoluir junto com as máquinas para entregar bons resultados, e isso nem sempre é visto com bons olhos por todos.
De acordo com a consultoria de pesquisas de mercado Research and Markets, o mercado global de soluções de IA (Inteligência Artificial) deve movimentar U$23,4 bilhões até 2025. A área é uma das soluções que tem simplificado o cotidiano de RH por meio do recrutamento inteligente, reduzindo esforços e contratando os candidatos certos para as companhias.
Como a maioria das novidades tecnológicas, existem promotores e detratores da IA. No entanto, é preciso aceitar que ela é uma realidade e cresce no mundo corporativo todos os dias. Para entendermos mais sobre o impacto da Inteligência Artificial nas atividades do profissional, conversamos com Dayanna Rodrigues, executiva de Novos Negócios na Gupy. Confira!
1 – Quais são os principais impasses para o desenvolvimento tecnológico da área de RH?
Dayanna - Processos e, às vezes, pessoas. É importante entender que é uma área sensível para qualquer empresa - por causa da sua enorme relevância - e a decisão por tecnologia e automações precisa ser tomada por pessoas que entendem o benefício, ganhos e mudanças para os processos.
Nós, como seres humanos, costumamos ter resistência a riscos e mudanças. E, querendo ou não, a tecnologia, para muitos, ainda é um desconhecimento, e isso gera alguns medos - como aquele pé atrás que diz “será que a tecnologia vai, um dia, substituir o trabalho que eu faço?”.
O esforço - cuidado - que temos tido ao conversar com tantos profissionais RHs, sejam em reuniões para falar sobre a Gupy, em eventos para falar de inovação e transformação digital e em fóruns de Gente e Gestão, é levar uma mensagem que mostre que a tecnologia vem para empoderar o humano, suprir e ajudar em processos operacionais nos quais é impossível fazer com a quantidade, com qualidade e sem viés.
Nosso algoritmo hoje ajuda as empresas a contratar com agilidade, justiça e com uma experiência encantadora! Quantos candidatos ainda não tem visibilidade sobre próximos passos, sobre prazos e não recebem feedback sobre o processo, justamente porque o RH tem que cuidar de um processo muito longo e cheio de etapas.
É aí que a tecnologia pode nos ajudar e melhorar consideravelmente a nossa vida: automatizando processos para que a gente possa ficar de fato, focado na estratégia e no desenvolvimento humano, e não tanto em tarefas burocráticas e manuais.
2 – Podemos dizer que a área tem acompanhado a transformação digital? Por que há resistência de algumas empresas ou até mesmo de gestores para uso da IA nas atividades?
Dayanna - A maior parte das empresas já acordou para a necessidade da transformação digital, mas nem todas veem isso como prioridade número um para o futuro do RH, o que atrasa muito esse desenvolvimento necessário.
Já existem empresas com cases de sucesso advindas do uso de tecnologia para recrutamento e seleção, resultando na redução do turnover, tempo de contratação, melhoria na qualidade dos contratados, promoção das pessoas mais preparadas e muito mais. Tudo isso com uso de tecnologias especializadas na melhoria de processos.
Como sinalizei anteriormente, a resistência é natural. Mas já passamos por várias revoluções e essa, com certeza, será uma delas.
Como profissionais de RH estratégico, precisamos ser protagonistas na construção ágil de uma ponte que vai conectar esse mundo novo, cheio de inovações, com as pessoas que podem fazer essa transformação realmente acontecer - e rápido. Esse é um dos motivos pelos quais o trabalho de empresas como a Gupy é tão importante, empresas que estão no centro e ajudando as outras a fazer a nova revolução acontecer.
3 – A Inteligência Artificial tem ganhado cada vez mais espaço na área, seja para recrutar candidatos ou metrificar resultados. Dessa forma, quais mudanças serão necessárias no mindset do profissional?
Dayanna - A IA vem para aperfeiçoar o nosso trabalho, nos dando a chance de desenvolver ainda mais as nossas expertises e resolver as dificuldades. Dessa forma, toda a cadeia de recrutamento e seleção pode ser cada vez mais justa, ágil e assertiva.
A tecnologia é uma solução necessária, mas também não resolve 100% dos nossos problemas. Para resolver isso, precisamos estar dispostos a acompanhar as mudanças e correr os riscos necessários para crescer.
4 – Quais são os benefícios para um RH que trabalha junto com a IA?
Dayanna - Os benefícios para o RH são automatização de processos operacionais, velocidade e agilidade em processos que levariam horas para serem feitos por um ser humano.
5 – É importante ressaltar que a tecnologia não fará o trabalho pelo profissional, e sim contribuirá com maior assertividade e otimização do tempo. Tendo em vista essa mudança, o escopo de atividade sofrerá muitas adaptações?
Dayanna - Com toda certeza. Sou uma profissional de RH e atuo há mais de 12 anos na área. Já vi e acompanhei muitas mudanças. Antigamente usávamos currículos impressos e fazíamos várias avaliações no papel. Depois avançamos para Word, Excel… Surgiram então sistemas globais, complexos, mas funcionais, e hoje temos várias possibilidades de sistemas inteligentes e plataformas intuitivas, que melhoram e facilitam o nosso dia a dia, tornando-o mais funcional e eficiente.
O RH tem papel estratégico para o sucesso de um negócio. As empresas são compostas por pessoas, porém quem deveria apoiá-las e desenvolvê-las no dia a dia está ocupado demais com tarefas burocráticas, como geração e criação de relatórios e planilhas. Essas atividades tiram o foco do que deveríamos fazer: ajudar as pessoas a se desenvolverem para gerarem resultado.
Segundo um estudo da Bain & Company, de 2015, numa escala de produtividade, trabalhadores satisfeitos produzem o equivalente a 100 pontos. Já os engajados alcançam 144 pontos. O mais surpreendente é que indivíduos inspirados (um novo termo) chegam a 225 pontos nessa escala. Seriam necessárias mais de duas pessoas satisfeitas para ter a mesma entrega deles.
Se nós, do RH, tivermos nosso tempo otimizado, poderemos trabalhar e desenvolver estratégias e ações que encantem e inspirem mais nossos colaboradores. Naturalmente, alcançaremos mais e melhores resultados.
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