Vida e carreira - O indivíduo como protagonista
Pesquisas apontam que o brasileiro passa, em média, cerca de 1700 horas trabalhando durante o período de apenas 1 ano, o que corresponde a 20% do tempo total. Através de dados como esse, os setores de Recursos Humanos das corporações cada vez mais caminham em direção a um gerenciamento que não dissocie a vida pessoal e a carreira profissional do colaborador.
É muito comum encontrar empresas que constroem mecanismos de atração e sedução padronizados, e conduzem as pessoas conforme as rotas previamente estabelecidas. Alexandre Ferreira, diretor de RH da Vicunha, conta um caso curioso que passou quando fazia seleção para vagas em aberto na sua equipe: “Na entrevista eu perguntei sobre como ela pensava sobre o tema ‘lidar fora da caixa’. Ela me disse que na empresa anterior em que ela estagiava, foi dito que ela devia pensar fora da caixa sempre. Mas assim que ela entrou na empresa, ela foi colocada em uma caixa”, relata.
Gestão de carreira
Essa dicotomia entre o que se diz que deve ser feito e a forma como as coisas realmente são, não é rara de se encontrar no meio corporativo. Uma gestão de carreira eficiente e que realmente consegue centralizar o indivíduo e não a empresa, precisa incorporar a visão de um mundo onde as coisas não funcionam como um relógio, mas na forma de ume complexidade organizada. Pensar em vida e carreira exige a adoção de uma perspectiva de longo prazo.
Um dos principais meios para atrair, reter e desenvolver as pessoas está nos processos de carreira. Mas o grande desafio é equilibrar as duas propostas de valor. Para isso é fundamental que a empresa tenha bem definido quais são os seus valores, para que o colaborador possa comparar e alinhar com os seus valores pessoais.
Esse novo momento exige um setor de RH mais presente. É preciso ter conhecimento dos vários aspectos que estão por trás das definições de "carreira" e a dinâmica dos valores que movem as pessoas. “ O conceito de ‘empresa humanizada’ não é um conceito novo. A empresa deve ser humanizada, porque ela é composta de indivíduos”, afirma Alexandre.
Já para o colaborador, é preciso compreender esses mecanismos de atração para não se tornar um prisioneiro do sucesso na carreira, como um valor social. É importante pensar na vida profissional como uma parte integrante, mas nunca como a única parte em busca da felicidade.
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