Quer se tornar um high professional de RH? Foque nos negócios!
Sabe aquela história de que para trabalhar com Recursos Humanos é preciso ser psicólogo ou pedagogo? Já há algum tempo a banda não toca mais assim. As habilidades exigidas pelos gestores de grandes empresas têm se modificado ao longo do tempo, isso acontece porque as demandas do mercado também não são mais as mesmas.
“Há algum tempo o RH precisou se posicionar nas empresas como um parceiro de negócios, portanto se tornou uma área estratégica dentro da empresa. Um tempo atrás, o RH tinha uma vertente de departamento pessoal, e depois ficou mais voltado para recrutamento e seleção. Hoje, a área de RH é um business partner da empresa”, comenta Sheyla Angelotti, professora de Recursos Humanos da Febracorp Live University.
O que falta no mercado?
É difícil acompanhar todas essas mudanças, não é mesmo? Por essa razão, trimestralmente, o grupo de conselheiros da Febracorp Live University se reúne na nossa sede, no bairro da Vila Olímpia em São Paulo, para trocar experiências de mercado. Esse grupo é composto por diretores de grandes empresas, e os encontros têm o objetivo de identificar oportunidades de melhoria no desenvolvimento de profissionais da área de Recursos Humanos. O que fazemos com essas informações? Desenvolvemos os melhores cursos e eventos baseados em necessidades reais do mercado.
Durante a última reunião, que aconteceu no início de maio, pedimos para os conselheiros elencarem os principais gaps que identificavam nos profissionais de RH. Quer saber o resultado para não cometer os mesmos erros? É só conferir aqui:
HR Competency Study
Vamos abrir um pouco mais nossos horizontes e mirar no canário mundial. Em 2016 aconteceu a 7ª edição do HR Competency Study - maior estudo na área de RH do mundo - aplicado no Brasil pelo ISE Business School, associada à escola de negócios espanhola IESE, em parceria com a consultoria americana The RBL Group e a Universidade de Michigan.
A pesquisa ouviu 30.227 mil pessoas em 1.509 organizações instaladas pelo mundo todo. A amostra brasileira abrangeu 895 pessoas de 16 empresas, foram 125 profissionais da área de RH avaliados.
Neste estudo, os participantes se autoavaliaram, contaram com a avaliação de gestores, pares e colaboradores, e ainda com o posicionamento de outras áreas funcionais da organização. Essa avaliação 360º possibilitou uma visão externa da atuação do profissional de RH e também do impacto da própria área de RH no desempenho do negócio.
Para esta avaliação foram levantadas as principais competências exigidas pelo mercado de Recursos Humanos hoje, e os profissionais responderam perguntas a respeito de nove domínios considerados essenciais para o high professional de RH.
Confira quais foram as habilidades destacadas:
*imagem de www.humanresourcestoday.com.
- Posicionamento estratégico;
- Credibilidade, Capacidade de lidar com paradoxos dentro da empresa;
- Capacidade de promover mudanças;
- Desenvolvimento do capital humano;
- Análise e interpretação de dados;
- Administração de benefícios e remuneração;
- Integração entre comunicação e tecnologias;
- Gestão de compliance.
Como o Brasil se saiu?
De acordo com o estudo, o Brasil não se saiu muito bem. A média brasileira coletada por meio da amostra de profissionais foi inferior à do resto do mundo em oito das nove competências. A única habilidade que nos destacamos foi a capacidade do profissional de RH de lidar com paradoxos dentro da empresa.
Em contrapartida, o domínio que registra maior discrepância entre brasileiros e a média mundial é a credibilidade, ou seja, a eficiência para transmissão de confiança a pessoas-chaves dentro das organizações. Nessa qualidade, os profissionais de RH pontuaram 3,69, contra 4,36 da média mundial.
Foco nos negócios
A primeira competência fundamental elencada pelo HR Competency foi “posicionamento estratégico”, que vai ao encontro do item mais votado no nosso encontro de conselheiros da Febracorp Live University também: visão de negócios. A professora Sheyla explica um pouco essa necessidade do mercado atual de recursos Humanos:
“Com as mudanças econômicas e culturais, acabou se entendo que, estrategicamente, seriam as pessoas que fariam todo o business plan da empresa acontecer. E quem cuida das pessoas da empresa? A área de Recursos Humanos. Neste momento, o RH tem a grande virada e a oportunidade de se tornar um parceiro de negócios, e passa a ter essa missão estratégica. Para conseguir gerenciar as pessoas é preciso entender o negócio que elas fazem e o negócio da empresa Tendo esse entendimento, ele consegue fazer uma gestão de pessoas que entreguem melhores resultados e que sejam engajadas. Uma vez que o RH é estratégico, ele vai ter que preparar o melhor grupo de pessoas para atingir aqueles objetivos. Se ele não conhece esses objetivos, o que ele vai preparar?”.
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E você, está atendendo as atuais demandas do mercado? Se especialize com o nosso curso “Transformando RH tradicional em RH estratégico”!
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