A crise te deixou para trás? Saiba como reagir
Crise? Palavra que gostamos de ouvir! #soquenao
Na verdade, ninguém gosta de passar por uma crise, não é? Mas às vezes ela acontece, não tem jeito, e pode nos pegar despreparados. Desta vez, a crise econômica foi uma pancada grande na carreira de muitos profissionais. Então, como correr atrás do prejuízo e conseguir uma nova oportunidade no mercado de trabalho? Vamos lá!
Se você acredita que só a crise atrapalhou os seus planos, está muito enganado. A tecnologia está a todo vapor e acompanhar as mudanças no mercado de trabalho é um grande desafio para muitos profissionais. E aí, mudar de carreira? Abrir um negócio próprio? Ser freelancer? Como reagir às transformações? Qual perfil de profissionais que as empresas estão em busca? “Take a breath” e acompanhe algumas dicas.
Repaginada
Para sobreviver no mercado de trabalho é preciso aceitar que ele mudou, e mudou muito! As exigências são outras e você precisa se adaptar a elas. Senão pode cair em um negócio que nunca se imaginou fazendo. O que pode ser algo surpreende ou devastador. Depende do seu empenho e criatividade para transformar as coisas ao seu redor em boas oportunidades.
Segundo a nossa professora Adriana Mattos, especialista em desenvolvimento de pessoas, “é preciso repensar a carreira como se você estivesse repaginando e revisitando toda sua carreira, saindo do paradigma de que você sabe de tudo, pois você pode ter muita experiência, mas o mundo evolui”.
“A nossa inteligência é sempre capaz de se reinventar e está sempre reciclando ideias”
O mundo está em constante transformação por conta das novas tecnologias. Mas como você se vê neste cenário? Você está acompanhando as mudanças na sua área? Já sabe o que vai ser dela no futuro? De que maneira outros negócios podem agregar ao seu? O que é preciso para melhorar e se tornar mais visível no mercado? Como se qualificar? Você domina o que faz para se destacar em uma entrevista, por exemplo?
Trace um caminho
A busca por um caminho de desenvolvimento deve começar com muita automotivação, vontade de desenvolvimento e, claro, pela qualificação. Ficar atento às mudanças, às oportunidades do mercado e se inscrever em muitos sites de vagas é quase que uma obrigação. As chances não são grandes, mas pode acontecer de você ser pescado num oceano de oportunidades. Também é aconselhável que você busque pessoas inseridas na área escolhida para ouvir delas qual o melhor caminho para se recolocar.
De acordo com a especialista Adriana “buscar pessoas que tenham uma relação com você que conheçam sua história, sua carreira e tenham uma visão sobre a sua postura ajuda muito. As pessoas são sempre produto de alguma relação. Elas criam teias e caminhos de conhecimento profissionais e indicações, construindo assim a rede de networking”.
Momento profissional
A idade e momento profissional acabam direcionando a sua carreira, qual postura adotar em uma entrevista, por exemplo. Agora quando você já trilhou uma carreira longa e construiu uma experiência concreta, é bem provável que tenha uma cadeia de networking forte. Sendo assim, segundo a professora Adriana “é importante fazer um balanço de tudo aquilo que já se viveu profissionalmente e ver novas possibilidades a partir disso”.
As carreiras são múltiplas. Isso significa que a partir de uma área há um leque de possibilidades que talvez não tenha enxergado quando começou. A partir do momento em que você repensa outras formas, você atualiza a maneira como faz o seu próprio trabalho. No momento de uma entrevista, por exemplo, a idade pode guiar as suas respostas.
No início da carreira não é aconselhável dizer que você pode contribuir com a sua bagagem, sendo que ela não existe ainda. Mas você pode dizer que está estudando, tem energia, garra e vontade para apoiar a empresa. Aos 30 e 40 anos, já é cabível dizer que você pode agregar com o seu crescimento e experiência que foi acumulando. Depois disso, dependendo do cargo disputado, olhe do ponto de vista do que você viveu, pois a experiência é o principal ativo e faz toda diferença nesse momento.
O que o mercado espera de você
O profissional é contratado pelas suas habilidades técnicas, mas é demitido pelo seu comportamento. Isso é mais frequente do que você imagina. A capacidade de se relacionar e transitar diversas áreas, ter um bom relacionamento interpessoal e ser flexível garante a você uma permanência maior na empresa que te contratou.
A empresa hoje está vulnerável ao mercado, aos impactos econômicos, tendo em vista os efeitos da globalização que impactam empresas do mundo inteiro. Portanto, é imprescindível que o profissional seja altamente adaptável, saiba entender as dores de áreas diferentes.
O que rege é o seu talento, e é ele que cria um peso maior. Quando você faz uma análise e sabe que é bom mesmo em algo, quanto mais você se especializar, melhor você fica e a chance de se destacar aumenta exponencialmente. Não dá para ser bom em tudo, e aquilo que te desperta interesse, aprenda para aumentar o seu leque de conhecimento.
“Naquilo que você é bom fique excelente, porque ninguém te alcança”
Altos e baixos
A imprevisibilidade e instabilidade do mercado de trabalho causam muita insegurança e medo nas pessoas. Além disso, lidar com as crises na carreira é um grande desafio, principalmente, para quem está afastado do mercado. A questão é que quanto maior o tempo sem emprego, menor é a chance de recolocação.
É verdade que a recessão econômica pegou muita gente em cheio e jogou para fora do mercado de trabalho. Empresas faliram - o que causou cortes absurdos de funcionários -, aumentou a concorrência enquanto a oferta de emprego diminuiu e a queda de contratação via CLT gerou um aumento significativo de trabalhos informais. Esses são alguns fatores que acentuam o cenário de desemprego.
Todos sofrem com a escassez de emprego, dos jovens aos mais velhos. As dificuldades ainda aumentam para quem está na idade avançada (entre 50 e 59 anos). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego chegou a atingir 13 milhões de pessoas nos últimos três anos. A situação chega a ser dramática, pois muitos foram demitidos e não conseguem mais voltar ao mercado de trabalho.
Porém temos que ter a consciência das crises que podem ocorrer. Adriana explica que “a preparação é a certeza de que tudo muda e que as crises estão sempre por vir. A gente se prepara tendo a certeza que o futuro é incerto e que precisamos estar preparados para altos e baixos. Temos que encher a mochila de experiência e também resiliência, pois somos capazes de ser flexíveis e adaptáveis para conseguir contornar situações”.
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